quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Poesia é sempre bom!

aquele que pelo fruto do tempo acorda

que pelo suor escorrido em corpo dorme

quer pelo peso do que carrega, quer pela transparência do alimento que come...

nem é pluma, nem é pedra, é pura firmeza o que carrega

correndo sangue – cheiro de beterraba fresca


e seu passo de seguir colheita

dá bom dia a quem pouco se olha

mas que num despertar de lampejo matinal acorda

e sai levando pra casa as sacolas de frutos em cores

que dançam mais tarde em suas panelas no forno

.

.

lá longe, mais tarde, o outro levanta

aquele! que já distante planta

e colhe, vendendo o que sente

ocorre que, em sua veia, a feira, de firmeza errante

um tanto repuxa, um tanto se lança

pra ancorar no que pende

e certeiros: a feira e o feirante

são braços e abraços que sentes

e em si se vive e renova

em todos os dias de prosa

em todas as feiras... e sempre

Thatiane Paiva

Um comentário:

Juliana Kopke de Souza disse...

A poesia está presente realmente em cada simples detalhe. Lindo!